Notícias

image
TIROIDE

TIROIDE

A tiroide é uma glândula que se localiza na região anterior do pescoço, à frente da traqueia e abaixo da "maçã de Adão". A tiroide tem a forma de uma borboleta encontrando-se os 2 lobos (direito e esquerdo) unidos pelo istmo.

A tiroide produz várias hormonas sendo as mais importantes a T3 (triiodotironina) e a T4 (tiroxina). O iodo é fundamental para a produção de T3 e T4 pela tiroide. Daí a importância de iodo suficiente na alimentação (quase sempre à custa de sal iodado, que é o sal de cozinha que consumimos). Como as necessidades na gravidez estão aumentadas, é recomendado muitas vezes uma suplementação nas mulheres grávidas.

A atividade da tiroide é regulada por uma hormona produzida pela hipófise, a TSH, e por uma hormona produzida numa parte do cérebro chamada hipotálamo, a TRH (tirotropina).

Em condições normais (fisiológicas), as concentrações das hormonas tiroideias no sangue influenciam a produção de TSH pela hipófise, sendo a produção da TSH estimulada por uma baixa nos níveis das hormonas tiroideias e uma diminuição da produção quando há aumento.

As hormonas tiroideias estimulam as reações químicas de virtualmente todas as células do organismo (estimulam o metabolismo). Por isso, têm um papel fundamental no crescimento, incluindo o do cérebro, estimulam o coração, o aparelho digestivo, o cérebro, etc., provocando produção de calor. É por esta razão que o frio é um dos principais estímulos para a produção de TRH pelo hipotálamo, mantendo o nosso organismo numa temperatura adequada.

Estas hormonas são medidas no sangue, não sendo necessário o jejum. Podem ser doseadas a TSH, as hormonas tiroideias totais (T3 e T4) e as suas frações livres (FT3 e FT4), que são as frações ativas no plasma, anticorpos anti-tiroideus (AAT), anticorpos anti-recetor da TSH (TRABs) e muito raramente a TRH. Dado que as principais doenças da tiroide são de causa imunológica, os doseamentos dos AAT e mais raramente do TRABs são muitas vezes importantes.

 

Principais doenças da tiroide

As doenças da tiroide podem ter causa na produção das hormonas na própria glândula, por deficiente ou excesso de produção de T3 e T4 (hipotiroidismo primário ou hipertiroidismo primário), na hipófise, por deficiente ou excesso de produção de TSH (hipotiroidismo secundário ou hipertiroidismo secundário, respetivamente) ou, mesmo, no hipotálamo, por deficiente ou excesso de produção de TRH (hipotiroidismo terciário ou hipertiroidismo terciário, respetivamente). As patologias mais frequentes, de longe, são as primárias.

 

Hipotiroidismo Primário

É uma doença em que as hormonas da tiroide estão em quantidade insuficiente em circulação e comprometem o normal funcionamento do organismo.

Quais os sintomas?

Aumento da sensibilidade ao frio, fadiga, cansaço, queixas neurológicas, estado depressivo, obstipação, alterações musculares, formigueiros, aumento de peso, alterações menstruais, diminuição da frequência cardíaca, entre outros.

Como se diagnostica?

 Os valores que ajudam no diagnóstico do hipotiroidismo são as análises referidas anteriormente, em particular a TSH, que geralmente está aumentada, a FT4 e a T3, que estão diminuídas e os AAT, geralmente aumentados.

A causa mais frequente é auto-imune e designa-se por Doença de Hashimoto.

Hipertiroidismo Primário

É uma perturbação causada pela hiperatividade da glândula que resulta num excesso de hormonas tiroideias no sangue. A causa mais frequente é também do foro imunológico e designa-se por Doença de Graves ou de Graves-Basedow. O bócio tóxico nodular provoca também hipertiroidismo.

Quais os sintomas?

Os principais são o nervosismo, a insónia, a ansiedade, a irritabilidade, o aumento da frequência cardíaca (palpitações), perda de peso, aumento de apetite e/ou intolerância ao calor.

Como se diagnostica?

A doença é detetada com a dosagem dos níveis de TSH, que está baixa, da FT4 e T3, que estão elevados e dos AAT, geralmente também aumentados.

Controlo do Tratamento

O tratamento das situações de hipotiroidismo e de hipertiroidismo passa quase sempre por tratamento com fármacos, sendo fundamental um acompanhamento laboratorial adequado com as análises acima referidas.

 

Faça o Download do folheto AQUI



2 de Dezembro 2022